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03/05/2019
Celular na Infância: Como o uso de eletrônicos afeta a vida do meu filho?
Pedagogia
"O uso de celulares pode ser uma ajuda e tanto ao criar um bebê, mas essa introdução é benéfica?
Quais são os riscos de inserir tecnologia tão cedo na rotina do meu pequeno?"
Por Lígia Lima
A sociedade tem se desenvolvido ao longo dos anos e a tecnologia tem acompanhado esse crescimento. Hoje em dia, o uso de celulares tem sido um problema e uma solução. Uns desenvolvem vícios e os pais precisam de um certo apoio para acalmarem seus bebês; Mas como lidar com o consumo excessivo de tecnologia na infância?
Grandes cabeças do Vale do Silício, de onde saem os maiores produtores de eletrônicos do mundo, como Apple, Google, Microsoft, estão afastando seus filhos pequenos dos produtos que eles ajudam a distribuir; O que dizem é que a probabilidade de criar uma dependência tecnológica é alta.
Segundo Pierre Laurent, ex engenheiro da Microsoft e participante ativo de diversas startups, dar uma tela ao seu pequeno pode ter grandes problemas como limitações das habilidades motoras, da capacidade de expansão e de se concentrar: “O que desencadeia o aprendizado é a emoção”.
Segundo estudo da revista americana JAMA Pediatrics, sim; o uso prolongado de smartphones e tablets na faixa etária dos dois aos três anos podem estar relacionados com atrasos no desenvolvimento das crianças até dois anos depois; ou seja, se você coloca nas mãos do seu bebê um tablet ou um celular, após dois anos ele pode desenvolver algum atraso.
Uma das medidas que os pais do Vale do Silício tomam contra esse mal tecnológico é limitar o uso. Bill Gates, fundador da Microsoft só entregou um celular a seus filhos quando eles atingiram os 14 anos; Laurent também delimitou a idade entre os 14 e 15 anos como um bom momento para inserir o celular na vida de seus filhos.
A Academia de Pediatras dos Estados Unidos desenvolveu dicas de como introduzir tecnologias na vida das crianças. As dicas são:
É um caminho difícil a ser trilhado e é uma via de mão dupla; engenheiros estão desenvolvendo ferramentas de controle de tempo, afim de evitar o vício. A Apple criou o Screen Time, que monitora quanto tempo você passa, em média, no celular e a Google desenvolveu algo semelhante, o Digital Wellbeing.
Além de definir tempos e colocar alarmes para alertar sobre a quantidade e tempo gastos, os pais devem estar atentos as movimentações e necessidades de seus bebês.
Dito isso, preste atenção nas necessidades do seu filho; seja mais participativo e interessado, interaja com a sua família e não utilize a internet como muleta, mas sim como um dos instrumentos de diversão e conhecimento.
Passar um tempo brincando com o seu bebê pode ser relaxante tanto para você quanto para o seu filhote. O uso das tecnologias é livre, desde que com moderação.
Muita calma nessa hora! Nesse momento de substituição é difícil prender a atenção da sua criança. Neste momento, a mudança vem de dentro para fora: se afaste do celular enquanto estiver com a família, deixe-o no silencioso ou até mesmo desligue, se puder. Tente interagir com o pequeno, fazendo brincadeiras, perguntando coisas etc.
Não precisa ler uma história todos os dias quando colocá-lo para dormir, mas uma vez por semana, insira um livro com uma temática que ele goste; interaja com o seu pequeno ao contar a história, use brinquedos para dar um tom lúdico a leitura, use vozes diferentes para cada personagem; é importante também, se a família não tenha hábito de leitura, que se inicie aos poucos.
Ler cinco páginas de um livro que interesse a você, pai ou mãe, vai ajudar com que você e a criança se desenvolvam juntos, estimulando assim uma relação de proximidade em família.
Para ajudar nessa jornada de substituição e conciliação de tecnologia, além das dicas acima, confira estes livros que vão te ajudar a introduzir a leitura na vida do seu filhote.
Link: Livros que estimulam o interesse pela leitura na infância: https://www.estantevirtual.com.br/estante-indica/melhores-livros-infantis/
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/20/actualidad/1553105010_527764.html
Paulista, prima do Chico, redatora do Eu Amo Meu Bebê e futura jornalista.
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